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  • Foto do escritorOrlando Coutinho

A Lista de Portas


O título, simbolicamente, transporta-nos para uma das mais belas obras da sétima arte realizada por Spielberg: <<A Lista de Schindler>>. Mas do que vos vou falar (porque é mais do que público) é mesmo das listas de deputados do CDS na Coligação PAF, às eleições de 4 de Outubro. Se no filme, Oskar Schindler, um empresário alemão, que salvou a vida de mais de mil judeus durante o Holocausto ao empregá-los na sua fábrica - há quem pense que de igual modo - no partido, Portas, “deu a mão aos amigos para os salvar da morte política”.

Mas vamos aos factos para não ficarmos em suposições.

O CDS realizou dois Conselhos Nacionais em julho, um a 10 outro a 30, este, já para aprovação das listas de deputados. Se no primeiro e surpreendentemente ninguém apresentou (nem a Comissão Política Nacional, nem as Distritais, nem a “oposição interna”) uma proposta de regulamento para definir o perfil dos candidatos e competências nas escolhas, supus que toda a gente confiava no Presidente do Partido para as respetivas escolhas. Pelos vistos não!

Como esperavam, os agora críticos, que a escolha se desenvolvesse? Ad Hoc em pleno Conselho Nacional? Claro que o assunto já tinha de vir preparado. O poder não tem espaços vazios e quem não ocupa é ocupado. Nem um único Conselheiro Nacional propôs um modelo de regulamento para a escolha de deputados. Milagres podem acontecer mas, em partidos políticos, não há relatos; por isso, Portas, ocupou o espaço vazio. Quem por subserviência, calculismo, fé ou outra legitima vontade que à cientificidade nada deve, deixou de se pronunciar, levou com “óleo de fígado de bacalhau”! O remédio é ótimo para o crescimento, sobretudo o institucional. Se querem um partido orgânico e articulado falem com líder, quer do Partido quer do Conselho Nacional. Se não houver diálogo há estatutos e órgãos próprios para antecipar a discussão e adotar um modelo em que democraticamente todos se sintam confortáveis. Costumo dizer na Comissão Política do CDS de Guimarães, a que presido, que há um momento para discutir – neste caso ninguém o fez a tempo -, um momento para decidir – fez o Presidente do Partido – e um momento para atuar – que é agora na Campanha eleitoral a que todos os militantes devem comparecer para que o CDS não seja o apêndice que alguns dizem. Tudo mais é extemporâneo e só serve para fragilizar o líder, o que considero errado.

Há de facto dois casos gritantes que Portas deveria ter considerado: Altino Bessa, que foi um brilhantíssimo deputado e tinha o apoio unânime da Assembleia Distrital de Braga e de todas as concelhias; e Fernando Moura e Silva, Presidente da Federação dos Trabalhadores Democrata – Cristãos uma vez que sem ele o CDS é o único partido do parlamento sem representação laboral. Mas, são critérios. E como não foram definidos outros, os do líder bastaram.

Por Guimarães – mau grado a não designação, que seria mais do que justa, de Altino Bessa, como pretendíamos - ficamos orgulhosos pela ratificação Distrital da indicação que dei da nossa líder parlamentar na Assembleia Municipal, Ângela Oliveira; e pela escolha, na cota nacional, da vimaranense Vânia Dias da Silva, nas listas de Braga.

Bem Vistas as Coisas, Portas decidiu bem. Faltando outros critérios, vigorou o seu bom gosto! E gostos, lá diz o povo - <<não se discutem>>…


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