A entrada de Costa na liderança do PS – sem efeitos especiais – convoca-nos para uma “tela” antiga, de 1943, In Memoriam de Arthur Duarte, realizador do célebre << Costa do Castelo>>
O enredo é em tudo idêntico, ao do “Costa dos Cartazes”.
Costa do Castelo, um homem preguiçoso mas grande guitarrista, que juntamente com Rosa Maria alcança o sucesso, bem se assemelha ao atual líder do PS que sem esforço ganhou umas diretas mas de lá para cá o PS não “explodiu” nas sondagens como prometera, pelo contrário, vejam-se as últimas!
André, que decide ir morar na mesma casa que Luisinha, dando um nome falso e dizendo-se motorista é em tudo paralelo ao que aconteceu aos cartazes da campanha socialista: números errados com “desempregados” que afinal trabalham em Juntas do partido.
Mas, quando tudo parece estar a correr bem, eis que a tia de André, a Sra. Dona Mafalda, desmascara o seu sobrinho, pondo fim àquele maravilhoso sonho; tendo acontecido o mesmo quando as pessoas visadas (da família, política) e o próprio INE puseram a nu a brincadeira, i.e. a mensagem que dizia “ não brinquem!... com os números ou com as pessoas”.
O acidente de automóvel de André, não é mais que os sucessivos acidentes da campanha socialista (excesso de presidenciáveis; cenários macroeconómicos irrealistas; slogans e pessoas recuperadas a Sócrates) que neste caso podem matar a “Confiança” que Costa pede.
Bem Vistas as Coisas, se quer que a história acabe como no filme e “a-Mafaldar-se” ao poder, deixando os seus meninos juntos e contentes, Costa tem que soltar-se da preguiça das velhas ideias, tocar a guitarra com outras unhas e dar outra pauta à “Rosa”. De contrário a música é outra e com refrão que pega fácil e já se ouve por aí << Sócrates sempre; Passos mais quatro anos>>!