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Foto do escritorOrlando Coutinho

Smart Cities

Atualizado: 9 de jul. de 2023



Hoje falo-vos do livro Smart Cities – Inclusão, Sustentabilidade e Resiliência cuja autora é a brilhante académica Sara Fernandes.

Esta vimaranense que tem - “tão só” - no currículo ser Co- Fundadora em Portugal, Guimarães, da Unidade Operacional em Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas – à qual André Coelho Lima, também, emprestou majoração política – prima, dada sua formação em Ciências da Computação, pelos seus inputs muito assertivos e academicamente sustentados, sobretudo, na área da Governação Eletrónica.

Da leitura deste livro e da sua recomendação, dei conta, na minha última passagem – em finais de 2017 – no Contraponto, programa radiofónico da Fundação que passa, igualmente, na Universitária do Minho. Fi-lo pela importância dos temas nele inscritos e pela leitura cuidada que merece para quem acompanha a vida autárquica e exerce cargos públicos, localmente, no governo ou na oposição.

Numa altura em que 54% da população vive em zonas urbanas, estimando-se que este número galope incomensuravelmente nas próximas décadas, um olhar para os desafios que se colocam às cidades, sobretudo as que se querem afirmar no paradigma global em que vivemos, deve ter, como mote, muitos dos caminhos que a investigadora alocou nas páginas da sua obra.

Sem escalpelizar, mas “abrindo o apetite”, o livro aponta para a mobilidade e interconexão entre cidadãos no espaço físico e institucional das urbes tendo a tecnologia como suporte de uma transformação progressiva do desenvolvimento social e humano, económico, privilegiando a proteção cultural e ambiental, num clima em que a sociedade civil participa ativa e inclusivamente desta governança.

A autora vai mais longe ao não se esquecer - na sequência dos objetivos do Milénio das Nações Unidas – de apontar para a Agenda do Desenvolvimento Sustentável, alicerçada em dezassete objetivos, todos eles importantes, mas ao qual eu destaco o décimo: <<Reduzir as desigualdades – reduzir a desigualdade dentro e entre países.>> De facto e quando falamos de cidades, não indo mais longe do que Portugal, verificamos que as assimetrias regionais continuam e os sucessivos governos soslaiam um interior cada vez mais despovoado e isolado porque lhe vão retirando serviços básicos na educação, na saúde ou em “commodities” como um serviço de correios ou uma agência bancária.

O “rasgar de vestes” com os incêndios (incluídos nas grandes catástrofes a prevenir na dita sustentabilidade) – que feriu o orgulho nacional – parece não passar de um episódio trágico, teatral e passageiro, para que, no essencial do quotidiano, continuemos a centrifugar o investimento pendendo o prato da balança para as urbes do litoral.

Um livro a ler com cuidado para se pensar bem no futuro.

Bem Vistas as Coisas, Smart Cities são aquelas que têm, dentro da sua identidade, capacidade de se reinventar, a todo tempo, num mundo globalizado e em constante transformação.


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