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  • Foto do escritorOrlando Coutinho

Socialismo Democrático


Fernando Pereira Marques, consegue reunir neste livro um conjunto de autores académica e politicamente consagrados para falar sobre o que a vulgata política caracterizou de “socialismo democrático”, ou seja, a evolução social-democrata - fruto dos ventos europeus - que o PS em Portugal absorveu, muito por “culpa” do seu mais relevante fundador e influenciador durante muitos anos: Mário Soares.

Todos os textos reunidos e escritos pelos diferentes autores são bastante interessantes – não só do PS no jogo político-partidário, elaborado por Miguel Coelho, mas desde a génese e fundamentação histórica feitas pelo próprio coordenado do livro, passando por Joaquim Palminha Silva e Nuno Miguel Jesus, ao comportamento relativo a valores fundamentais como a liberdade e a defesa do pluralismo, evidenciada por António Reis, ao próprio comportamento do PS em termos fundacionais no que à Constituição diz respeito, superiormente interpretada por Paulo Ferreira da Cunha - contudo destacaria dois que, do ponto de vista ideológico, ditam o rumo social-democrata do PS. O primeiro de António Muñoz Sánchez que aborda a social-democracia alemã e a influência no dito socialismo português; o segundo, da Ângela Montalvão Machado que fundamenta a evolução ideológico-programática do PS da fundação à consolidação.

De fora fica o discernimento sobre os mais recentes períodos históricos de Sócrates e Costa.

Há, contudo, uma chamada de atenção geral que se pode fazer a todos os partidos: é que a consolidação de valores e a fealdade comportamental aos mesmos, ditam – em sede democrática – o rumo que as comunidades tomam.

Bem Vistas as Coisas, o socialismo democrático português, foi um farol da terceira via.

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